Segundo o sindicato da categoria, atualmente cerca de 6 mil profissionais da área estão em atuação na cidade, adotando medidas de segurança
Desde o início da pandemia de coronavírus, 23 taxistas morreram vítimas da Covid-19 em Fortaleza, segundo o Sindicato dos Taxistas na Capital (Sinditáxi). Atualmente, com cerca de seis mil profissionais da categoria atuando na cidade, a preocupação tem sido a de garantir informação sobre os cuidados que devem ser tomados por eles no dia a dia lidando com a possibilidade da doença, além de evitar novos óbitos, diz a associação.
Rosa César, de 49 anos, perdeu o esposo que trabalhava como motorista, Augusto César, 48, para o novo coronavírus. Segundo ela, foi duro convencê-lo a parar, justamente por conta da necessidade de renda e até mesmo da dificuldade de largar a rotina. “O medo da gente aqui dentro de casa era grande, mas não conseguimos segurá-lo”, relata.
Augusto trabalhava em ponto de táxi localizado nas proximidades do Mercado São Sebastião, no Centro. Desde o início do surgimento de casos de infecção pela doença, ela conta que o companheiro já havia recebido recomendações sobre a segurança entre as corridas. Exatamente por isso, “andava com álcool e máscara dentro do carro” e a higienização era feita a cada saída de passageiro do veículo.
Os sintomas da doença, ela conta, surgiram de forma leve no início de maio e foram evoluindo, aos poucos, para o estado grave. No dia 19 do mês passado ele foi internado, depois foi para a Unidade de Terapia Intensiva, onde passou sete dias após a constatação de quadro de pneumonia, e veio a óbito no dia 30 último.